Pesquisadores da UFRB produzem conhecimento com apoio do Gambá

30/04/2015

 

Este ano serão defendidos 5 Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC’s) de estudantes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia em parceria com o Gambá. Os estudantes atuam em pesquisas do Projeto Ações Ambientais Sustentáveis, patrocinado pela Petrobras através do programa Petrobras Socioambiental, e também no Projeto Serra da Jiboia.

No último dia 23, a estudante de Engenharia Florestal Jocy Ana de Souza defendeu um trabalho ligado à pesquisa de fixação de carbono realizado pelo Projeto Ações Ambientais Sustentáveis. Ela mensurou a quantidade de carbono armazenado em pastagens, que são consideradas linha de base para analisar o carbono fixado por restaurações ecológicas. “A linha de base é uma comparação, para poder medir o quanto de progressão houve em termos de fixação de carbono. E é claro que você vai encontrar que as arbóreas fixam muito mais do que as pastagens”, explica Jocy.

Já nesta última terça (28), o estudante de engenharia Florestal Éber Dourado apresentou trabalho que estimou a fixação de carbono em uma área reflorestada pelo Gambá há 16 anos e vizinha ao local onde Jocy coletou pastagem. A área que Éber estudou foi reflorestada pelo Gambá durante o projeto Reflorar, utilizando cerca de 2 mil mudas e, segundo o estudante, hoje encontra-se em estado médio de regeneração.

A comparação entre os dois estudos será apresentada pela professora e orientadora dos dois estudantes, Alessandra Caiafa, como um dos resultados do Projeto Ações Ambientais Sustentáveis. A consultora do PAAS afirma que a análise da fixação de carbono é um das formas de estimar o sucesso de uma restauração ecológica e prevê diferentes formas de divulgar os resultados. “A ideia é que eles sejam apresentados tecnicamente nos relatórios oficiais para a Petrobras. Tenho a intenção de apresentar isso de uma forma mais leve para a comunidade, seja no conselho gestor ou de outra maneira. E também pretende-se publicar esses trabalhos em periódicos sobre restauração ecológica”, explica.

Parceria de sucesso

Os três estudantes apontam como vantagem da parceria a oportunidade e apoio para realizarem estudos relevantes em conservação ambiental, como afirma Jocy: “Este foi o primeiro trabalho nessa área de fixação de carbono que realizei, foi um desafio grande, mas também prazeroso. Eu já tinha feito um estágio supervisionado em parceria com o PAAS, quando criei o PPO, que é o manual de procedimento padrão que me deu subsídio para fazer o meu TCC. Então foi muito importante a parceria com o projeto, criar esse vínculo. Os viveiristas do Gambá me ajudaram muito no campo e na coleta dos dados, deram todo o suporte. Isso foi muito importante. Fez muita diferença no meu trabalho”.

Alessandra Caiafa concorda que a formação será muito interessante para o futuro dos jovens profissionais: “Foi uma excelente formação pra eles. As questões de crédito de carbono, MDL e medidas mitigatórias são muito novas, os profissionais que sabem aferir carbono terão excelentes oportunidades profissionais”, avalia.

A parceria com estudantes também acontece no Projeto Serra da Jiboia, onde 10 estagiários estão trabalhando nos estudos bióticos e abióticos sendo realizados na região. Entre eles está Israel Sampaio, que defendeu, também no dia 28, um trabalho onde caracteriza a fisionomia vegetal de quatro localidades da Serra. Arthur Ramos e Vivian dos Santos também defenderão trabalhos sobre estudos de uso solo realizados na Serra da Jiboia. Até o fim do ano, há a possibilidade de mais 3 trabalhos resultantes desse projeto serem defendidos.