Educação Ambiental na LT de 500kV Xingó/Jardim/Camaçari da Chesf

O Programa de Educação Ambiental (EA) para a região de influência da Linha de Transmissão (LT) de 500 kV Xingó/Jardim/Camaçari da Companhia Hidroelétrica do São Francisco – Chesf foi desenvolvido no período de agosto/2000 a abril/2001, com algumas comunidades do entorno da linha, através de cursos e oficinas de EA. Os objetivos maiores foram sensibilizar para a importância da preservação ambiental e dos cuidados com relação a convivência com a LT e esclarecer a respeito das ações de reflorestamento, enriquecimento florestal e monitoramento da flora que estavam sendo realizadas concomitantemente.

Foi um trabalho solicitado ao Gambá, pela Chesf, para que a entidade pudesse atender ao condicionante do Ibama, quando da liberação das licenças para implantação da LT. Distribuídos em nove grupos de trabalho, eram cerca de 250 participantes, profissionais e lideranças com potencial multiplicador: professores, agricultores, agentes comunitários de saúde, além de trabalhadores da manutenção da LT. Foram cinco grupos na Bahia e quatro em Sergipe, que contaram com pessoas de vinte diferentes municípios.

Os cursos/oficinas foram executados em dois módulos, com temáticas gerais comuns a todos e assuntos específicos de cada região. Entre um módulo e outro eram propostas algumas atividades de campo para repasse do que já havia sido vivenciado, para observação e registro de situações do cotidiano e para levantamento de lendas regionais.

No segundo módulo, os participantes apresentavam o resultado de suas atividades de campo. Também era feita a leitura e a reflexão das lendas apresentadas, algumas vivências práticas e, finalmente, eram apontadas possibilidades de continuidade das discussões a serem feitas por eles próprios, a partir da reaplicação das dinâmicas vivenciadas, de novas reflexões sobre outras lendas e da divulgação das informações assimiladas.

Com o material das lendas foi possível organizar uma publicação, com o registro das histórias, dos comentários e reflexões, em uma coletânea que foi chamada de “Educação Ambiental – A Sabedoria da Preservação nas Lendas”, publicada em 2002.