O Gambá é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, de utilidade pública, criada em 1982, constituída com a finalidade de promover a defesa, a preservação e conservação do meio ambiente e a promoção do desenvolvimento sustentável, especialmente no Estado da Bahia.
Para a entidade, o trabalho pela conservação do meio ambiente é mais que preservar e recuperar, também envolve o uso dos recursos naturais que considera o equilíbrio entre todas as condições ambientais na busca do desenvolvimento sustentável, o qual abrange, simultaneamente, tanto as dimensões sociais, econômicas, ecológicas, culturais e espirituais quanto à equidade na distribuição dos bens econômicos e ecológicos. Isto implica também no consenso social dos seus propósitos econômicos, e a prudência na apropriação dos recursos ambientais.
Um dos desafios da sociedade é identificar alternativas sustentáveis de produção social, ou seja, que compatibilizem as demandas sociais com as potencialidades e restrições ambientais. Isso engloba a adoção e aplicação de novos enfoques metodológicos de condução do processo de planejamento e de produção das ações humanas. Nesse sentido, os processos de intervenção e/ou de apropriação dos recursos ambientais devem levar em conta a noção de sustentabilidade, para atendimento das necessidades básicas das atuais e futuras gerações.
Considera-se, pois determinante que essa noção aborde também o campo da transformação social, entendendo que as atividades econômicas devem ser regidas por uma lógica de desenvolvimento humano, que comporta projetos de mudança social na direção de valores como eqüidade, democracia, auto suficiência, ética e outros princípios que transcendam a lógica utilitária da relação entre os meios e os fins dominantes do crescimento econômico.
Diante dos desafios ambientais que o nosso tempo enfrenta, o Gambá defende a observância do princípio da precaução, quando uma atividade é tida como uma ameaça à saúde humana ou ao meio ambiente, mesmo que não existam evidências científicas estabelecidas. Compreendemos também que a incerteza nas decisões ambientais é o primeiro fator de motivação para aplicação do princípio da precaução.
A partir desse contexto conceitual, o Gambá formulou a sua visão, a sua missão e delineou os seus compromissos institucionais, a saber:
Ser instrumento para o desenvolvimento de sociedades ecologicamente sustentáveis com democracia e justiça social.
Atuar permanentemente para a conservação dos ecossistemas, a formação da cidadania e para a implantação de políticas públicas, ambientalmente sustentáveis, com a participação da sociedade.
• Defesa dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e eficiência;
• Atuação no fortalecimento do processo democrático de participação da sociedade, incluindo a identificação dos mecanismos de participação pública nas tomadas de decisões governamentais;
• Incentivo a ocupação dos espaços de representação da sociedade civil;
• Busca dos caminhos para a transformação social;
• Defesa da ética no movimento ambientalista;
• Defesa do princípio da precaução como imperativo de resguardar a sociedade de riscos e incertezas resultantes das atividades econômicas;
• Empenho pela efetivação de iniciativas de produção social regidas pelo princípio da sustentabilidade ambiental e das tecnologias limpas em particular;
• Ampliação da legitimidade social da instituição, mediante o aumento de associados e na promoção de iniciativas que permitam sua sistemática participação;
• Empenho para o desenvolvimento institucional, prevendo planejamento; monitoramento e avaliação das atividades;
• Disseminação das informações acumuladas e das experiências de trabalho;
• Empenho na busca de mecanismos que possam viabilizar os recursos; financeiros indispensáveis para a manutenção das suas ações primordiais em curso, enfatizando: a realização de projetos, a busca de parceiros doadores e a venda de serviços e produtos;
• Consolidação do Planejamento Estratégico desenvolvendo os seguintes programas:
1- Acompanhamento das políticas públicas – com empenho sistemático no monitoramento das políticas ambientais do Brasil, do Estado da Bahia e de seus municípios, visando avaliá-las, influenciá-las e efetivá-las, sobretudo com base na aplicação da legislação ambiental;
2- Conservação de ecossistemas – com enfoques especiais para regiões de domínio da Mata Atlântica e Chapada Diamantina, visando o desenvolvimento sustentável, a recomposição ambiental, o monitoramento da fauna e o combate ao tráfico de madeira e de animais silvestres;
3- Formação da cidadania – com enfoque para a transversalidade da Educação Ambiental nas diversas ações da entidade, para a divulgação de informações e a mobilização social.