Ambientalistas pedem veto da presidente Dilma Roussef ao Novo Código Florestal

09/03/2012

Um protesto contando com cerca de 1,5 mil pessoas realizado em Brasília no dia 7 de março passado exigiu da presidente Dilma Roussef o veto ao Novo Código Florestal, que seria votado neste mesmo dia. Placas, cartazes, bolas e palavras de ordem demonstraram que a sociedade brasileira não está apoiando as mudanças propostas e exigem que a presidência vete o Novo Código, que mais atende a interesses econômicos do que impede a devastação do meio ambiente brasileiro. A manifestação foi liderada pelo Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável e pelo Movimento Mangue Faz a Diferença, estimulado pela Fundação SOS Mata Atlântica. O Gambá marcou presença e engrossou o coro que deseja a preservação de nossos ecossistemas, considerando que dá para ter economia sem abrir mão da ecologia.

Diante da pressão dos movimentos socioambientais brasileiros, o relator do Código Florestal (PL 1876/99), deputado Paulo Piau (PMDB-MG), pediu o adiamento da votação para o dia 13 de março. O pedido foi reforçado pelos líderes dos partidos da base aliada do governo. Entre os deputados falta consenso com relação às regras criadas para as cidades, principalmente naquilo que toca às áreas de expansão dos municípios.

O principal argumento para ligar um alerta vermelho para essa proposta de mudança do Código é colocar em xeque a biodiversidade brasileira e a proteção da nossa maior riqueza. Um dos pontos mais condenáveis do novo projeto é a anistia daqueles produtores que realizaram desmatamento de áreas, o que gera um incentivo à realização dessa prática.

Um tema tratado na manifestação foi a inclusão, no projeto de alteração do Código aprovado no Senado, da possibilidade de criação de camarão em cativeiro nos manguezais. Os pescadores e pescadoras presentes no ato fizeram severas críticas a esta iniciativa, que partiu da bancada nordestina do PMDB. Em reunião com o presidente da Câmara, deputado Marcos Maia, solicitaram com veemência a supressão desde dispositivo. Esta demanda faz parte da Campanha Manguezal Faz a Diferença.

No dia anterior a manifestação, foi criado, no âmbito da Frente Parlamentar Ambientalista, o Grupo de Trabalho da Zona Costeira e de Ecossistemas Marinhos, que deverá debater e propor políticas públicas sustentáveis para a proteção deste ambiente que tem uma importância ambiental, social, econômica e de segurança nacional.

Logomarca Gambá

Av. Juracy Magalhães Jr, 768, Edf. RV Center, sala 102, Rio Vermelho, Salvador/Ba. Tel/fax: 71- 3346-5965

Reserva Jequitibá – Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, Serra da Jibóia, Elísio Medrado/BA