Bahia contribui para a revisão do Programa Nacional de Educação Ambiental

11/07/2017

Grupo trabalha na revisão das diretrizes do ProNEA
Grupo trabalha na revisão das diretrizes do ProNEA

Educadores ambientais de vários pontos do Estado da Bahia estiveram reunidos na UFBA, na última quinta (6/07), refletindo, discutindo e revisando o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA). Essa foi mais uma das reuniões que têm acontecido em todo o país para atualizar o documento que norteia as ações e políticas de educação ambiental no Brasil. Ao todo já ocorreram 52, em diversos estados.  As contribuições de todos os encontros serão consolidadas no IX Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, a ser realizado em Setembro em Santa Catarina. Na Bahia, o evento foi organizado pela Rede de Educação Ambiental da Bahia (Reaba) e pela Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental da Bahia (CIEA-BA).

Conheça o ProNEA

Nas falas da consulta realizada em Salvador, foi ressaltado que mais do que a necessidade de ajustá-lo, a maior dificuldade tem sido tirar o ProNEA do papel. Essa preocupação do impacto do programa na vida real esteve presente em diversos momentos. Logo na abertura, a diretora de Educação Ambiental da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Zanna Matos, em sua fala, fez essa observação lembrando da importância de fazer política pública junto com quem vive a realidade dos municípios, das localidades, das comunidades.

Para Sara Reis, representante da Bahia na Rede Brasileira de Agendas 21 Locais, o ProNEA é um bom documento e “é preciso rever menos e praticar mais”. A aproximação de instrumentos como o ProNEA e de toda a legislação com a realidade e a prática educacional é fundamental, como ressaltou Clélia Gonçalves, analista do Programa Senar. Nesse contexto, como sempre se evidencia em debates desse tipo, é preciso melhorar muito as condições de trabalho dos professores e educadores. Lilite Cintra, conselheira diretora do Gambá, deu destaque à discussão que reforçou  a necessidade de garantir recursos para trabalho remunerado de técnicos e educadores, de forma a depender menos de voluntários. Ela também ressalta mudanças na redação do ProNEA, para tornar o texto mais incisivo, indutor de ações de fato.

As contribuições que os cerca de 50 presentes fizeram em cada uma das 5 linhas de ação do ProNEA vão ser sistematizadas por um grupo de trabalho, mas ainda recebem sugestões dos participantes por mais uma semana. Quem não participou do evento pode ajudar a revisar o programa pela internet até o dia 30 de julho, acessando a plataforma Participa BR (Clique aqui) .

Um olhar da Bahia sobre o programa

Entre as diversas contribuições dadas ao programa no evento, algumas trazem um olhar sobre a realidade baiana que podem enriquecer o programa nacional. A sugestão de fortalecer a descentralização, integrando as ações com base na territorialidade é uma delas, já que, no estado, essa discussão e ações baseadas nos Territórios de Identidade estão bem avançadas. “É uma forma de trabalhar implantada na Bahia e que está tendo um aproveitamento interessante e o resto do país está de olho nisso”, explica Bernadeth Rocha, da ong Umbu.

Para Lilite, o fortalecimento dos colegiados também é uma discussão forte no estado e que foi refletida nas sugestões ao documento: “se a participação e o exercício do controle social são elementos fundantes da educação ambiental, é preciso recurso orçamentário para o bom funcionamento dos colegiados”.

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