14/09/2021
O documento produzido pela Convergência pelo Clima com propostas de ação climática para Salvador foi tema de intervenção na Tribuna Popular nesta segunda-feira (13). A conselheira diretora do Gambá, Lilite Cintra, representou a rede que conta com mais de 50 entidades participantes e discursou aos vereadores sobre a importância de tomar atitudes concretas e em diálogo com a população sobre a emergência climática que já é realidade.
“Todos sabemos que a crise climática é o maior desafio que a humanidade enfrenta, hoje; um processo que, caso não seja desacelerado, poderá causar a extinção da espécie humana. São essenciais as ações globais, mas também o são os esforços em cada território”, pontuou Lilite em sua fala.
A apresentação do Pacto pelo Clima marcou a retomada da Tribuna Popular, espaço semanal para o qual a população pode levar demandas e discussões à câmara. No entanto, as conversas paralelas e movimentações dos vereadores no plenário tornaram difícil a escuta para os presentes. A vereadora Maria Marighella, que convocou a Convergência pelo Clima, cobrou mais atenção às demandas apresentadas: “Pedimos durante muito tempo que a tribuna fosse reaberta. Mas eu não posso sequer comentar o que foi dito por que não conseguimos ouvir. Quando estamos na cidade o que se cobra dessa casa é justamente a falta de escuta”. O ouvidor da câmara Augusto Vasconcelos, parabenizou a Convergência e ressaltou que a ouvidoria está aberta e vem tratando de várias questões apontadas no Pacto pelo Clima.
A publicação já foi entregue em julho a todos os vereadores quando foi instalada a Frente Parlamentar Mista Ambientalista de Salvador. O documento elaborado pela Convergência pelo Clima, com apoio do Gambá, dos Canteiros Coletivos e do Movimento Jaguaribe Vivo compila as sistematizações dos debates realizados pela rede em 2020 por ocasião da elaboração do Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas pela prefeitura de Salvador. Nele consta também a plataforma apresentada para adesão dos candidatos e candidatas na eleição municipal de 2020. Leia o documento na íntegra abaixo.
O documento está repleto de sugestões de ação climática elencadas por uma série de instituições, coletivos e atores com relevância em sua área de atuação, e compõem um rico mosaico de contribuições de quem vive e pensa a cidade.
“Nosso apelo é que os gestores e parlamentares que tiverem acesso às propostas aqui descritas, leiam e analisem, com bastante cuidado, cada uma delas. São frutos de anseios comunitários genuínos e não de interesses particulares ou econômicos de empreendimentos por vezes questionáveis. Ao considerar essas propostas olhem, sobretudo, para a expressão da cidadania dos habitantes reais desses territórios; olhem para o esforço das comunidades e organizadores de tentar agrupar essas sugestões; e, principalmente, ponderem essas propostas a cada simples decisão, voto ou assinatura de contrato que lhes forem exigidos!”, recomendou Lilite.