Porto Sul: rumos depois da audiência

11/11/2011

Movimento Socioambiental provocou reflexões e questionamentos sobre o projeto do Porto Sul.

A Audiência Pública sobre o Porto Sul foi uma das maiores no estado para discussão de um projeto com impactos ambientais, alcançando um nível de mobilização bastante alto. Tanto de pessoas contrárias à implantação do conjunto de obras, quanto dos favoráveis. Passadas as 14 horas de discussão e argumentos sobre o projeto, fica a pergunta em torno sobre o que virá. A avaliação está sob a decisão do IBAMA, que irá dar autorização ou não a implantação do projeto na região de Aritaguá, em Ilhéus.

O movimento ambientalista sai dessa audiência fortalecido em sua capacidade de mobilização, mas também demandado de manter-se na luta. As entidades socioambientais estão produzindo representações, a fim de impedir o avanço do projeto do Porto Sul. Pareceres técnicos feitos por estudiosos e pesquisadores das universidades baianas apontam inviabilidade do projeto. O tempo de duração das obras seria bastante extenso, pelo menos onze anos – apenas para fazer a parte de engenharia portuária, demandando de um volume de rochas, que a região não dispõe e demandaria um trabalho ininterrupto de mais de uma década, transportando essas grandes pedras.

Segundo o ambientalista Rui Rocha, esse projeto vai causar pelo menos 10 km de processo erosivo na região norte de Ilhéus, avançando 100 metros para dentro da costa, comprometendo a praia e as construções que aí já existem. Renato Cunha, coordenador executivo do Gambá, lembra que o projeto de desenvolvimento apontado como única solução para os problemas da região de Ilhéus ignora a vocação que essa região já possui, no turismo e no cultivo de cacau, descartando o ativo ambiental da região.

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