O Programa de Desenvolvimento Turístico do Nordeste (Prodetur) foi criado em 1991, com apoio financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento, BID, para promover o desenvolvimento da atividade turística na região, através da construção progressiva de infra-estrutura básica (estradas, saneamento, aeroportos, energia, telecomunicações etc.). No Estado da Bahia, inicialmente o programa previa investimentos públicos nas regiões da Costa do Descobrimento, da Costa das Baleias e da Costa do Cacau. Outras regiões passaram a ser beneficiadas, a exemplo de Salvador e Entorno, desde o Litoral Norte até o Recôncavo Baiano, e da Chapada Diamantina.
A atuação do Gambá no Prodetur desde seu início foi de monitorar o programa e seus diversos projetos, cobrando a aplicação da lei ambiental para uso dos recursos naturais, para que as intervenções causassem o mínimo de impacto ao Meio Ambiente. Com a implantação de grandes empreendimentos, tais como hotéis, parques temáticos, aeroportos, marinas, estradas e obras de saneamento, a preocupação com a degradação de ecossistemas mereceu atenção redobrada. O Gambá, juntamente com outras instituições, reivindicou ao BID a criação de espaços concretos de participação, sendo então instalados conselhos nos diversos pólos de intervenção do Programa. O Gambá foi membro dos conselhos dos Pólos de Salvador e Entorno e da Chapada Diamantina. A organização tem levado para esses fóruns a necessidade de dar mais sustentabilidade ao turismo que quer se consolidar e ampliar suas ações. Participou também do monitoramento do Programa nos demais estados do Nordeste, através do Grupo de Trabalho de Turismo do FBOMS – Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento.