O Projeto Chapada Sustentável, executado pelo Gambá para o desenvolvimento sócioambiental de seis municípios do entorno do Parque Nacional da Chapada Diamantina, está concluído. Os resultados vão contribuir para o Plano de Manejo do Parque, que vem sendo elaborado, desde 2005, pelo IBAMA/ PARNA.
Os moradores das comunidades de Remanso (Lençóis), Conceição dos Gatos (Palmeiras), Nagô, Praiâo (Andaraí) Guiné (Mucugê), Assentamento Batavia (Ibicoara) e Escola Família Agrícola (Itaetê) participaram de todo o processo, desde o diagnóstico e zoneamento sócioambiental e econômico da região, até as atividades de capacitação desenvolvidas nas linhas de ação: agricultura sustentável, ecoturismo e turismo rural, que foram definidas em um workshop público, no encerramento da primeira etapa do projeto.
Na segunda etapa, foram realizadas ações demonstrativas de agricultura ecológica e de manejo do solo, sempre respeitando as particularidades de cada município, assim como o reflorestamento e a recuperação de matas ciliares, oficinas de educação ambiental e curso de beneficiamento de frutas. Na linha de ecoturismo, o projeto auxiliou no aprimoramento dos condutores de visitantes, fortalecendo-os como entidades de classe, e capacitações com noções de legislação, responsabilidade e educação ambiental, levando em consideração, que estes são multiplicadores de preservação e conservação do Parque.
Foi elaborado também um plano de distribuição de fluxo de visitantes, que atualmente concentram-se nas regiões de Lençóis e Mucugê, como forma de dinamizar a economia de outros municípios e diminuir os impactos sobre a biodiversidade e ecossistema do Parque Nacional da Chapada Diamantina.
Em 2000, o Gambá participou do edital do Fundo Nacional do Meio Ambiente como o projeto: “Chapada Diamantina: elaboração do plano de desenvolvimento participativo e sustentável para o entorno do parque nacional”, o qual apontou propostas para um zoneamento sócio, econômico e ambiental, a partir das 50 audiências comunitárias realizadas em Lençóis, Palmeiras, Ibicoara, Itaetê, Andaraí e Mucugê, no entorno do Parque, levantando alternativas sustentáveis para as comunidades de baixa renda.
Na segunda fase, através de um workshop público, foram escolhidas duas linhas de ação: agricultura sustentável, ecoturismo e turismo rural.
Para o desenvolvimento e fortalecimento do associativismo os pequenos produtores participaram de oficinas de capacitação e fortalecimento comunitário, assim como de ações demonstrativas de manejo de agricultura e agrofloresta sustentáveis.
Para a linha de ação em ecoturismo e turismo rural foram realizadas ações modelo para o desenvolvimento de um turismo sustentável, assim como um plano de distribuição de fluxo de visitantes, que hoje concentram-se mais na região de Lençóis e Mucugê. Este plano foi elaborado com o intuito de dinamizar a economia dos outros municípios, diminuir os impactos sobre os recursos naturais do Parque e também sobre a vida da população que em épocas de grande fluxo modifica completamente a sua forma de vida.
Ano – 2003 a 2006
Objetivo – Criar alternativas sustentáveis para as comunidades do entorno para minimizar os impactos na unidade de conservação.
Resultado – Definição das comunidades a srem contempladas pelo Projeto, composição e reativação do conselho e revisão e aprovação do regimento interno.