O Projeto de Recuperação Florestal de Áreas Rurais Degradadas, iniciado em 1996, com uma proposta de conservação da Mata Atlântica, através da recuperação de áreas degradadas, propiciou a instalação da infra-estrutura inicial do CPMVS constituída de sede, viveiros para produção de mudas, galpões, minhocário, etc. Com isso, foi possível, nos últimos 11 anos, produzir mais de um milhão de mudas de árvores nativas da Mata Atlântica e o conseqüente reflorestamento de mais de 600 hectares de áreas degradadas.
A área de abrangência do Projeto inclui os municípios de Elísio Medrado, Santa Terezinha, Varzedo, São Miguel das Matas, sendo que ao longo do tempo, foi possível atuar em outros municípios, num total de oito, da Região do Recôncavo Sul.
Importante destacar que o êxito das ações do Gambá na região deve-se às estratégias desenvolvidas a partir do Projeto Reflorar, com a construção de um conjunto de alianças sociais com diversos atores locais e regionais como: proprietários rurais, associações comunitárias, sindicatos de trabalhadores rurais, prefeituras, órgãos estaduais de fiscalização e de assistência rural, escolas, igrejas, organizações não governamentais locais, Ministério Público, entre outros.
Com o trabalho de recuperação florestal foi possível a perenização de algumas nascentes que haviam secado e que após o reflorestamento voltaram a produzir água. Estas ações e seus resultados demonstrativos contribuíram para o convencimento das populações locais sobre a possibilidade de recuperação de recursos naturais e a conservação da Mata Atlântica.
Recentemente o Gambá agregou às atividades do Projeto Reflorar intervenções de uso sustentável de recursos naturais, buscando dar alternativas às comunidades locais para as necessidades de produção através da implantação de bosques energéticos e madeiráveis, para a produção de lenha e estacas, dando sustentabilidade às atividades de produção de farinha, torrefação de café, secamento de cacau, cercamento de propriedades, etc.
Assim, o Gambá através dos projetos do CPMVS vem contribuindo para a redução do desmatamento, caça e comércio ilegal de animais silvestres e, conseqüentemente, para a conservação da Mata Atlântica.
Todas estas ações iniciadas com o Projeto Reflorar tiveram continuidade, com o novo Projeto “Conservação dos Recursos Hídricos e da Biodiversidade da Serra da Jibóia” aprovado pelo Ministério do Meio Ambiente – Programas Demonstrativos PD/A.